quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Whisky



Agora me vem uma dor no peito

Que me destrói, corroendo o que ficou

Seus toques, seus beijos, nossa bebida

Como continuar, sem nada

O chão é inexiste, me seguro em mão de amigos

Mas eles talvez não me agüentem

Porem o único desejo é queria fugir desse fosso e pegar o trem

E ir adiante, para longe

Ou talvez somente queira levantar desta poltrona

Mas o copo de whisky o cigarro fedido e sua imagem impedem-me

Quero somente sair, conhecer alguém

É logo, logo irei,

Tudo gira, teu olhar, tua força

Há coisas que aparecem assim

Estando tudo tão difícil, sem beleza

A uma musica de fundo

A uma roupa ao chão e eu aqui

Sem nada pra me basear

Cortes, loucuras, pensamentos, você

Há uma coisa perdida nisso tudo

Acho que foi o sorriso que desabou de minha face

Agora ela se configura tristemente inexpressiva

Neste mundo em que não à lugar para nós

E tudo regrediu ou prosseguiu

Tanto faz, pois tudo bem

Eu somente quero algo legal para distrair

Divertir, dominar e matar

E compreender o que se passa é algo inalcançável

Sei que amanhã ao acordar olharei pra frente

Colocarei o primeiro passo e depois o outro,

Mas no hoje sei de uma única coisa

Que eu ainda te amo

Amo como nunca, e isso dói

O mundo gira com a dor

Ou talvez a dor e você não existam

E seja somente delírios de um garoto

Perturbado pela falta do outro menino

E então continuo assim viajando

Sentado na poltrona com o copo na mão

Pois fazer o que?

Esquecer

Delirar

Morrer

Tudo, talvez, talvez.

By:Fábio Samuel Bonetes

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