quarta-feira, 20 de maio de 2009

o relogio do meu quarto

A um frio que esta entrando pela minha janela
Eu não sei bem ao certo ao que é
O mundo gira lá fora fazendo o tempo rolar
E cada tic-tac do relógio na parede do meu quarto me hipnotiza
E quando noto alem de frio a escuridão já me abrasou
E meu coração chora, mas no meu rosto nada se desenrola
Pois anos mantendo estas mascaras me serviram
O tempo me tirou algo, mas nem sei o que é e nem por que
Ai eu fujo para o espaço que é um lugar agradável para mim, pois lá no escuro do vazio
Estou livre deste medo de desapontar algum,
Desapontar alguém, desapontar ele,
Desapontar você, desapontar a todos,
Só lá e que eu consigo ser eu sem estes medos
Pois para não perder nem sei o que, eu vivo com medo,
Chorando internamente e com um sorriso encantador estampado na cara
Esta minha cara falsa para variar, sempre certo, sempre para os outros
Sempre para o mundo, mas ai me pergunto:
Por que a sociedade é a certa? Por que ser diferente dela é tão ruim?
Ai vem à questão que eles usam:
Todos são diferentes!
Mas eu digo que não, a maioria é tudo igual, mesquinho demais para ser “diferente”
Sim mesquinhos e vejo agora que o tempo passa
E as mascaras estão ficando pesadas e o frio vem do medo que as criou
E a escuridão é o meu destino iminente
Pois lá fora o mundo gira fazendo o tempo passar
Fazendo eu mudar ou será que a mudança seja somente uma ilusão
Criada pelo tic-tac do relógio na parede do meu quarto.

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