terça-feira, 8 de março de 2011

DESESPERO DE HOJE


Existia um sentimento puro, mais forte que tudo

Um laço que ligava almas irmãs, que erram amigas

O poder desta ligação era grandioso, talvez até temido

Mas ha algo nisso que se corroeu, sem se perceber

De pouco em pouco, como a batida dos corações

O laço se corrompeu e nisso que rege o seu pecado

E o meu de acreditar que este puro sentimento

Era como cantam os poetas líricos de tempos esquecidos

Para sempre, mas assim não foi

Hoje então penso que você errou no fim

Deixou-se levar por coisas supérfluas

Sem noção do que realmente tudo significava

E o seu erro teve o preço do pouco que eu não tinha

Tudo que aquilo que eu realmente acreditava

Pelo tudo que briguei se esvaiu assim em duas palavras

Proferidas por alguém que eu morreria, e pior

Por alguém que eu realmente mataria para salvar

Falta de avisos não foram, mas tolices a minha

Que feito criança achar que sabe de tudo

Hoje me encontro aqui em meu ninho

Em meu aconchego sozinho,

Vendo o mundo desabando e morrendo

Aos poucos todos se vão e eu vou me agarrando as coisas

Me coloco em frente a algo para deixar a morte de lado

E como se não bastasse o tudo do nada

Ainda me arranca o único aconchego da minha alma

O sorriso jovem que me acolhe e me aquece

Me afasta desta outra alma, e tudo se transforma neste desespero

E penso que o tempo passa, e talvez em suas areias leve-lhe daqui

Conseguindo em fim tirar este peso de meu coração,

Mas como ainda é hoje, e hoje como já dito

É o funeral de tudo em que eu acreditava, ou seja

De tudo aquilo que não tinha, e assim se vai mais uma noite

Mais uma cerveja, um livro, um cigarro, uma vida

Fabio s bonetes

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